segunda-feira, 24 de março de 2008

Carta ao amor

Querido amor,
São poucas as pessoas que te entendem, algumas tentam, mas por você ser tão complexo, acabam desistindo. Eu descobri quem é você e estou começando a desvendar todos os seus mistérios. Você pode assumir muitas formas, gostos, cheiros e eu me orgulho em dizer que já usufruí de muitas dessas formas.
Você aparece quando há aquela relação de confiança, aquele sentimento bom, aquele amor. As afinidades vão aparecendo, assim como as diferenças e apesar de tudo, há o respeito.
Às vezes você é falso, parece que aparece e na verdade foi só ilusão, mas quando você vem de verdade é eterno.
Eu pude entender o teu eu verdadeiro, já que por uma obra do destino, algumas pessoas apareceram na minha vida.
E é impressionante o tanto que você me faz bem. Abraços, beijinhos, conversas, desabafos, conselhos, tatuagens, lágrimas e a amizade fazem parte de ti e é o que muita gente procura.
Você me faz feliz por me deixar amar.

Amo as minhas duas estrelinhas

terça-feira, 18 de março de 2008

Sonho ou realidade?

Abro os olhos de manhã cedo e percebo que alguns raios do sol, que havia acabado de nascer, passam pela minha janela e aí eu vejo que apesar do movimento do acordar do sol parecer igual todos os dias, na verdade ele está sempre mudando. A beleza dos seus raios dourados e quentes passando pela minha janela às vezes podem ser gélidos e sombrios.

Ao sair de casa, vou andando sem rumo e apenas observando as coisas que acontecem a minha volta. Sigo na direção da praia e vejo que há alguns carros seguindo na mesma direção que eu, um deles me oferece uma carona, mas eu gentilmente recuso. Quero mesmo é andar, andar, andar. Ainda falta um pouco para chegar à praia, mas mesmo assim, tiro os sapatos e posso sentir o asfalto quente em contato com meus pés e dói, mas a dor é boa faz eu me sentir mais vivo. O sol vai queimando as minhas costas, eu sinto aquela ardência e o calor aumenta juntamente com a minha sede.

Chego à praia, enfim. Coloco meus pés na areia, sinto aquela maciez e uma paz. Há algumas pessoas ali, mulheres se bronzeando, homens conversando e crianças fazendo castelinhos de areia. Vou andando e percebo que há até pessoas com medo de entrar no mar enquanto outras se divertem pegando algumas ondas.

Vou mais pra perto do mar, uma onda vem e refresca os meus pés antes queimados pelo calor do asfalto. Alívio é o que eu sinto, a dor pára e eu continuo a caminhar. As pessoas vão ficando para trás e eu vou me afastando em direção ao farol, a areia vai ficando mais fofa e eu me aproximo de um bar. Tenho sede e peço um copo de água.

- Um real, diz o garçom.

Que absurdo! Por que as pessoas têm que ser tão dependentes do dinheiro? Ora, é só um copo de água! Fiquei indignado, é verdade, mas não me recusei a pagar.

O garçom me trouxe a água e eu senti que naquele líquido transparente teria um poder enorme sobre mim. Tomei o primeiro gole e pouco a pouco o líquido gelado ia passando pela minha garganta, refrescando tudo e a cada gole, uma sensação diferente.

Continuei na minha caminhada até chegar a um lugar onde não havia mais ninguém, só os pássaros e o barulho do mar. Já estava bem perto do farol e resolvi parar. Meus joelhos estavam fracos devido à longa caminhada, me sentei. Foi quando pude sentir o meu corpo todo relaxado e meu pensamento começou a ir longe, tentando dar um sentido à vida.

Fiquei observando o mar prestando atenção em suas formosas curvas e em como ele vai mudando a cada segundo, mas ainda assim sem perder a sua graça. E lá, bem longe, quase onde os olhos não podem alcançar, pude ver alguns barcos.

Não sei por quanto tempo fiquei ali parado observando a linha do horizonte, só sei que o que estava por trás dela me despertava certa curiosidade e me distraía.

O vento foi ficando mais frio, o sol já não raiava como antes, começava a se pôr e toda aquela magia me proporciona uma enorme alegria.

Já estava ficando tarde e eu precisava voltar, ainda tinha um longo cominho pela frente. Enquanto eu voltava para casa, o meu frio ia aumentando e eu ia me lamentando por deixar um lugar tão maravilhoso.

Na minha caminhada de volta, fui vendo o quanto as coisas mudaram naquela tarde. O sol já não estava exposto, não havia mais ninguém na praia, os bares já estavam fechando e o asfalto não queimava mais.

Quando eu estava chegando perto de casa, presenciei uma cena que desejaria não ter presenciado. Dois jovens assaltaram uma loja aqui perto, fiquei com medo. O suor frio escorria pelo meu rosto e eu só desejava que aquilo acabasse, me escondi. Os jovens saíram correndo e o assalto acabou sendo bem sucedido.

Chegando em casa pude finalmente me esquentar e ao me deitar no conforto dos meus cobertores, comecei a me lembrar da injusta cena que acabara de presenciar e então eu pude finalmente perceber que estava de volta à realidade.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Metamorfose Ambulante

"Você têm que botar na sua cabeça que as opiniões das pessoas mudam"

Como já dizia Raul Seixas, "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Na verdade, todos nós somos metarmofoses ambulantes, nossa mente está sempre pensando em diversas coisas e mudando constantemente de opinião. "Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor, lhe tenho amor, lhe tenho horror, lhe faço amor, eu sou um ator". Sentimentos, sensações e gostos são fáceis de mudar, principalmente sentimentos e nessa vida, nós sosomos os atores da nossa própria peça e a maioria das falas são improvisadas. Sim, há ensaios e falas decoradas também, normalmente elas surgem quando há uma conversa longa (normalmente séria), onde minutos antes um dos 'atores' da tal conversa esteve ensaiando o como dizer isso ou aquilo.
Eu mudo de opinião, você muda de opinião e todas as outras pessoas também mudam, é só uma questão de costume.
Tudo muda, tudo, tudo.
Nenhum homem passa duas vezes pelo mesmo rio, o homem muda, o rio muda.
Talvez uma pessoa que você conheceu, hoje não seja a mesma, não goste das mesmas coisas que antes, mas com a convivência (ou tentando conhecê-la de novo) a gente pode perceber as mudanças e até gostar mais.

Foi muito bom conversar contigo hoje, eu me senti mais aliviada e desculpa por ter molhado sua camisa. Meu melhor amigo ;*

sexta-feira, 7 de março de 2008

Em um passe de mágica

Coisas estranhas estão acontecendo, ou melhor, coisas diferentes. Uma troca de papéis bem significativa, um simples "sinto sua falta" faz toda a diferença. Mas como é uma coisa 'incomum' de acontecer, me deixa um pouco desconfiada.
Mesmo que a esperada (e temida) frase apareça em uma conversa casual o melhor seria o não. Doeria, mas seria o melhor.
A base de tudo isso não é o compromisso em si, mas sim na certeza dos sentimentos que abrangem o todo. Talvez a melhor maneira seja estar junto, para não fazer parte diso com aquela tal incerteza.
Confusão, de verdade. O melhor mesmo é se misturar com o tempo e não sentir tanto, como eu posso dizer... o tempo passando e as coisas se ajeitando.
São coisas complicadas que vão se dissipando no ar como em um passe de mágica e palavras de carinho e sinceridade surgem na mente, mas falar parece inútil neste momento. "Deveria ter aproveitado o tempo e falado tudo o que eu tinha pra falar", mas deixa que agora o tempo...ah, o tempo.